Alguma vez você reparou que as cores que enxergamos em um projeto aberto na tela do computador fica diferente quando o mesmo é impresso?
É normal isso acontecer, mas se não for aplicado o modo de cor correto em projeto gráfico, as cores podem destoar demais e acabar prejudicando materiais impressos e acarretar até mesmo na perda de qualidade de materiais online. É muito importante que ambos os modos de cores sejam aplicados da forma correta para que não haja interferência no resultado final do seu trabalho. Pensando isso, hoje vamos esclarecer toda e qualquer dúvida.
Essa diferença de CMYK & RGB existe pois funcional em espaços diferentes, como demostra a imagem abaixo. O CMYK é menor que o RGB, e o RBG não é tão grande quanto a visão dos nossos olhos.
Agora vamos comparar CMYK e RGB para verificar suas principais diferenças.
– RGB
O RGB é criado pela luz, e é mais usado em telas. A luz dá a saturação das cores, mas a criação das cores funciona de maneira complemente oposta ao CMYK, porque se adicionarmos todas as cores do RGB, o resultado será branco, enquanto no CMYK resultará preto. Ou seja, o RBG é um sistema de cores aditivas. A abreviatura RGB (Red, Green, Blue) representa o método de cores utilizadas em monitores e eletrônicos, fazendo referência aos tons vermelho, verde e azul para compor imagens coloridas nas telas. Essa escala tem como base a Teoria Tricromática em que a luz é o elemento chave para a formação de cores através do sistema aditivo – capaz de gerar mais de 16 milhões de tonalidades diferentes ao serem divididas nos 255 níveis.
- Vermelho: R=0, G=0, B=255;
- Verde: R=255, G=0, B=0;
- Azul: R=0, G=255, B=0;
- Branco: R= 255, G=255, B=255.
– CMYK
O CMYK é criado por tintas, para impressão. Os panits (tinta) não brilham como a luz, então as cores são um pouco dessaturadas. Sistema de cor subtrativas. Corresponde às iniciais das cores Cian (ciano), Magenta (magenta), Yellow (amarelo) and Black (preto). Se adicionarmos todas as cores do modelo CMYK resultará em preto. Ou seja, sistema de cor subtrativas.
Este é um padrão de quatro cores primárias, que combinadas formam cores ilimitadas. O padrão CMYK é mais usado em materias impressos e na técnica de offset. Sua proposta é reproduzir, da maneira mais fiel possível, a maioria das cores do espectro visível e é por isso que é o esquema oficial do universo gráfico.
- Ciano: R=0, G=255, B=255.
- Magenta: R=255, G=0, B=255;
- Amarelo: R=255, G=255, B=0;
- Preto: R=0, G=0, B=0.
Você notou que CMYK é oposto a RGB? Todas as cores juntas do RGB resultam em branco, enquanto o CMYK em preto. O RGB é usado para telas e o CMYK para impressão. Por isso é importante se atentar ao modo de cor antes de imprimir materiais importantes e a mesma coisa quando for fazer materiais para web. A cores precisam estar no seu uso correto para garantir total qualidade.
Como isso afeta o seu trabalho na impressão digital?
Algumas impressoras possuem o seu sistema CMYK, mas precisam que o arquivo enviado para a impressora esteja em RGB para que ela possa fazer a conversão. Isso mostra a importância de conhecer o seu equipamento, pois sem esta informação, pode-se criar estampas com falhas ou impressões inutilizáveis.
Dependendo do seu projeto, você pode precisar a imagem nos dois formatos, dependendo da utilidade em qual ela será implementada. Tudo dependerá do seu projeto para saber qual paleta de cores utilizar. Saiba que é possível conseguir as mesmas cores, independente de qual será selecionada.
Dadas as características, é necessário estudar com cuidado o material a ser impresso, pois nem todas as tonalidades podem ser reproduzidas da mesma maneira quando transferidas do computador para o papel. Por essa razão, também há outros modelos de padrões de cores no mercado, sendo que o mais popular deles é produzido pela Pantone.
E o sistema de cor Pantone?
Para ressaltar outro sistema de cores extremamente importante, vamos lembrar que Pantone também existe!
Como a Pantone surgiu?
Com poucas tecnologias de direcionamento das cores no inicio dos anos 60, muitos erros eram fatais quando a quantidade de tonalidades não eram o suficiente para gerar uma cor específica e a impressão saia com cores erradas. Pensando nisso, a Pantone® começou com um sistema de organização de cores, conhecido como Pantone Matching System ou PMS (Escala de Cores Pantone), que disponibilizava 500 cores no catálogo com o objetivo de diminuir as variações erradas das cores.
Era uma ferramenta inovadora para época e permitia a réplica exata das cores por meio de um sistema de numeração e formato de chip. A Pantone não foi a única a desenvolver um sistema de combinação de cores, outras marcas como a Munsell System e RAL tentaram mas não conseguiram a popularidade da Pantone.
Como funciona a Pantone?
O PMS (Pantone Matching System) é o mais usado para gerar cores, e atualmente pode criar vários tons, efeitos metálicos e fluorescentes, inclusive varias tonalidades do CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto).
A Pantone possui mais de 10.000 padrões de cores que são aplicadas diariamente em vários materiais como impressos, revestimentos, têxteis e etc. Ela é um ícone da moda, da arte e um símbolo importantíssimo pro design.
Seu diferencial, entre a concorrência, está na formação de cores que ocorre através da mistura de pigmentos, ao contrário da distribuição por níveis da escala CMYK, por exemplo.